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Segunda-feira, 14 de Outubro de 2019, 06:33

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SPCBrasil é registrado no Banco Central para operar novo CadastroPositivo

Por: SPC Brasil


Apartir do início de novembro, SPC Brasil começará a receberhistórico de pagamento dos consumidores. Pesquisa mostra que 47% dosbrasileiros já ouviram falar sobre o novo cadastro; ao menos 36%pretendem permanecer nos bancos de dados, assim que forem informadossobre inclusão automática


OServiço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) recebeu na sexta-feira, dia 11, o registro de autorização do Banco Central para operar as bases de dados do novo Cadastro Positivo. Dessa forma, a expectativa é de que a partir do início de novembro, bancos e demais instituições financeiras, assim como as empresas prestadoras de serviços de telefonia, água e luz, comecem a enviar as informações cadastrais e o histórico de pagamento dos consumidores para os bureaux de crédito. 


As informações coletadas pelo Cadastro Positivo serão utilizadas exclusivamente para compor o histórico e as notas de crédito(scores) do cadastrado. O histórico de hábitos de pagamentos do consumidor só será disponibilizado mediante prévia autorização do cliente e poderão ser acessadas apenas por instituições com as quais o consumidor mantiver ou pretender manter relação comercialou creditícia.


Todos os consumidores serão avisados individualmente, seja por meio de correspondência física, e-mail ou SMS, sobre a abertura do seu Cadastro Positivo. Embora a adesão seja automática, o consumidor não é obrigado a permanecer no banco de dados, podendo solicitar sua saída ou reingresso a qualquer momento de forma gratuita pelo telefone 0800-887-9105 ou no sitewww.spcbrasil.org.br/cadastropositivo/consumidor. O consumidor também poderá acompanhar a situação do seu Cadastro Positivo no SPC Brasil por meio de login e senha no mesmo portal.


47%dos brasileiros já ouviram falar do novo banco de dados; menosburocracia na obtenção de crédito é principal vantagem apontada


Para investigar o grau de aderência das novas regras do Cadastro Positivopor consumidores e empresas, a Confederação Nacional de DirigentesLojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) realizaram um levantamento em 12 capitais. Os dados mostram que 47%dos entrevistados já ouviram falar do novo banco de dados, que vai reunir informações sobre o histórico de pagamento dos consumidores, enquanto 52% ainda não ficaram sabendo do assunto.


Na opinião das pessoas ouvidas, os principais benefícios esperados com as novas regras são enfrentar menos burocracia na avaliação do crédito (28%) e obter empréstimos ou financiamentos com mais facilidade (27%). Também foram mencionados como vantagem a oportunidade de ser reconhecido como bom pagador, pois pagam as contas em dia (26%), a possibilidade de conseguir taxas de juros menores nas compras parceladas e em outras modalidades de crédito(23%), além de melhores condições no parcelamento das compras(18%). Em contrapartida, 39% não souberam responder quais seriam as vantagens e apenas 5% dos que conhecem o Cadastro Positivo disseram não enxergar benefícios reais.


Com a implantação do Cadastro Positivo, todos os brasileiros que possuem CPF e empresas inscritas no CNPJ passam a integrar de forma automática o banco de dados, sem necessidade de inscrição, muito embora apenas 17% tenha conhecimento disso. Considerando os benefícios que o Cadastro Positivo deve gerar, a pesquisa revela que36% dos entrevistados pretendem permanecer no banco de dados após serem informados sobre sua inclusão de forma automática. Por outro lado, 51% mostraram-se indecisos em ficar ou não e somente 13%manifestaram vontade de sair.


Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a indecisão de muitos brasileiros em permanecer no Cadastro Positivo está ligada, sobretudo, ao desconhecimento do que seus efeitos devem representar no dia a dia. “O novo banco de dados vai permitir uma avaliação mais precisa na análise de crédito do consumidor. Se antes as empresas que concedem crédito tomavam decisões com base nos registros de inadimplência, agora elas passarão a acessar o score que consolida o histórico de pagamentos, incluindo cartão decrédito, crediário e contas de serviços, como água, luz e telefone. Desta forma, acreditamos que mais pessoas terão acesso ao crédito, assim como aconteceu em países desenvolvidos que utilizam esse modelo”, explica Pellizzaro Junior.


40% dos micro e pequenos empresários pretendem usar o Cadastro Positivo nas análises de crédito; 44% esperam benefícios para seusnegócios, sobretudo maior acesso a empréstimos e financiamentos  


A sondagem com micro e pequenos empresários mostra que 44% deles têm expectativa de que o Cadastro Positivo traga benefícios para seus negócios, sobretudo para obter mais acesso à linhas de crédito ao serem reconhecidos pelas contas pagas em dia (27%). Além disso, a pesquisa constatou que 22% esperam ter juros menores nas compras parceladas e financiamentos para a empresa. Já 21% acreditam que haverá um estímulo às vendas, reflexo da redução dos juros e da oferta de melhores prazos de pagamento para aos clientes. Um terço(33%) ainda não sabe se haverá benefícios, enquanto 22% dizem que não.


Quando questionados sobre a intenção de melhorar a análise de créditodos consumidores com o Cadastro Positivo, 40% sinalizaram que pretendem adotar o novo cadastro em seus processos. Em contrapartida,12% disseram que não irão utilizar e 28% só realizam vendas àvista, portanto, não fazem análise de crédito. Outros 19% não souberam responder se adotarão ou não o Cadastro Positivo.


E na hora de conceder crédito ao consumidor, o que as empresas de menor porte consideram mais importante? Os dados do estudo revelam que a maioria (43%) acredita ser primordial consultar o histórico de crédito do consumidor, avaliando os pagamentos em dia e em atraso. Outro aspecto destacado é se o cliente no momento da análise está inadimplente ou não (31%). Ainda de acordo com o levantamento, 47% dos empresários mencionaram já ter ouvido falar sobre o Cadastro Positivo e 53% ainda não estão por dentro do assunto.


“Como acesso às informações pelos lojistas e instituições financeiras antes da concessão do crédito, a assimetria de dados entre empresas e consumidores deve diminuir. O benefício potencial acontece de maneira direta para a população ou mesmo para quem concede crédito com a redução de juros e melhoria nas condições para realização das compras”, destaca o presidente do SPC Brasil,Roque Pellizzaro Júnior.


Metodologia A pesquisa ouviu 800 consumidores acima de 18 anos, de ambos os gêneros, de todas as classes sociais, que residem em 12 capitais das cinco regiões brasileiras, as quais juntas somam cerca de 80% da população: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Também foram entrevistados 813 micro e pequenos empresários de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais a um intervalo de confiança de 95%.


Baixea íntegra da pesquisa em: https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas


SPCBrasil – Há 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos maiscompletos bancos de dados da América Latina, com informações decrédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma deinovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento einteligência para crédito, identidade digital e soluções denegócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhadospara sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acessoao crédito. É também referência em pesquisas, análises eindicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores eempresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento daeconomia do país.


CNDL– Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras deDirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de DirigentesLojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidadesque, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rederepresentativa do varejo no país e tem como missão a defesa e ofortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nomede 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIBbrasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340bilhões por ano.

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