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Pesquisa realizada pelo Centro de Informações Socioeconômicas (CISE) da Unemat, em parceria com a CDL Sinop, apontou que empresários e consumidores da cidade estão atentos ao cenário internacional, especialmente às tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros - o 'tarifaço'. Apesar da preocupação, a percepção majoritária é de que os efeitos ainda não chegaram de forma concreta à economia local.

Segundo o levantamento, 95% dos empresários afirmaram estar acompanhando o assunto, e 31% disseram ter relação com setores diretamente afetados. No entanto, 83% relataram que os impactos ainda não foram sentidos por eles até o momento.

Entre os consumidores, 75% estão atentos à situação, mas 81% também afirmaram não perceber reflexos imediatos no dia a dia da economia local.

O coordenador geral do CISE, economista Feliciano Azuaga, destacou que o acompanhamento desses indicadores é importante para antecipar cenários, mas reforçou que não há motivo para alarde.

“Os dados revelam uma população e um empresariado atentos, mas a pesquisa também mostra que os impactos diretos ainda não chegaram à nossa realidade local. É natural que exista preocupação com o futuro das negociações, mas por enquanto a economia de Sinop se mantém estável”, pontuou.

Quando questionados sobre as negociações entre Brasil e Estados Unidos, 49% dos empresários avaliaram o andamento como ruim e 51% manifestaram expectativa negativa para os próximos meses. Entre os consumidores, 48% também disseram estar pessimistas em relação ao futuro próximo.

O presidente da CDL Sinop, Edmundo da Costa Marques Neto, avalia que o resultado da pesquisa reflete mais cautela do que temor.

“O empresário está atento porque sabe que medidas internacionais podem afetar cadeias produtivas. Mas a leitura que fazemos é que, até o momento, Sinop segue com bons indicadores, e o importante é manter a confiança e continuar investindo em soluções locais. Essa serenidade é fundamental para atravessar momentos de incerteza global”, afirmou.

O estudo do CISE ouviu 97 empresários e 190 consumidores, com margem de erro de 7% e 5%, respectivamente, e nível de confiança de 95%.